Os supercondutores são divididos em dois tipos, de acordo com suas propriedades específicas.
Os supercondutores do Tipo 1 são formados principalmente pelos metais e por algumas ligas e, em geral, são condutores de electricidade à temperatura ambiente.
Eles possuem um Tc extremamente baixo, que, segundo a teoria BCS, seria necessário para diminuir as vibrações dos átomos do cristal e permitir o fluxo sem dificuldades dos elétrons pelo material, produzindo assim a supercondutividade.
Os supercondutores desse tipo foram os primeiros a serem descobertos e os cientistas verificaram que a transição para o estado supercondutor a baixa temperatura tinha características peculiares: ela acontecia abruptamente, e era acompanhada pelo efeito Meissner.
Esse efeito, que talvez seja a característica mais famosa dos supercondutores, é a causa da levitação magnética de um íman, por exemplo, quando é colocado sobre um pedaço de supercondutor.
A explicação para o fenômeno está na repulsão total dos campos magnéticos externos pelos supercondutores do Tipo 1, o que faz com que o campo magnético interno seja nulo, desde que o campo externo aplicado não seja muito intenso.
A maioria dos materiais, como vidro, madeira e água, também repele campos magnéticos externos, o que faz com que o campo no interior deles seja diferente do campo externo aplicado. Esse efeito é chamado de diamagnetismo e tem sua origem no movimento orbital dos elétrons ao redor dos átomos, que cria pequenos "loopings" de correntes.
Fig2. Os supercondutores do Tipo 1, no estado supercondutor, possuem campo magnético nulo no seu interior, mesmo no caso de o campo magnético externo ser diferente de zero antes da transição supercondutora, diferente do comportamento de um condutor ideal. |
Figura 4 |
Figura 5 |
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